“Se você fizer o bem, não será aceito? Mas se não o fizer, saiba que o pecado o ameaça à porta; ele deseja conquistá-lo, mas você deve dominá-lo". (Gênesis 4.7).
Tanto o mal como o bem crescem dentro de nós. Recordo-me do filme a Lista de Schindler. Na trama há dois personagens: Oskar Schindler e um oficial nazista. Ambos principiam o filme, hesitantes. Schindler faz o bem, mas o faz por egoísmo; salva os judeus para ter uma mão de obra mais barata em sua fábrica. O soldado nazista faz o mal por mera obrigação militar. Mas no final do filme, Schindler se deixou tanto invadir pelo bem, que não consegue mais parar de salvar vida e de se angustiar pela sorte dos que seguiam para as câmaras de gás. O soldado se contaminou tanto pelo mal que agora mata por diletantismo.
Quando Caim assassinou Abel, Deus lhe disse que de agora em diante o mal estaria à sua porta, o espreitando. Pois assim é: quando praticamos o mal, ele se torna cada vez mais fácil, mais apetitoso, mais generoso. Quando exercitamos o bem, ele se torna igualmente mais natural. O pior dano que advém da maldade é que ficamos mais próximo da próxima perversidade. A maior recompensa em praticarmos o bem é que ficamos mais próximos da próxima virtude. Depois que alguém mata pela primeira vez, a segunda torna-se bem menos traumática. Depois que alguém ama, o próximo gesto de ternura torna-se bem mais fácil.
Por isso permitamos que tudo o que é digno, de boa fama e louvável domine os nossos pensamentos, pois essas virtudes se espalharão em nosso ser e o bem não requererá muito esforço, virá naturalmente.
Ricardo Gondim
Postado por Ben
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário