sábado, 7 de março de 2009

Falar novas línguas? O que é isso?


A igreja evangélica tornou-se irrelevante.Os programas evangélicos só evangélicos assistem. Eventos “gospel”, com desculpa para evangelismo, só vai crente. Rádio evangélica, só evangélico ouve. As linguagens tipo varão, varoa, etc., só os evangélicos entendem e suportam. Perderam a capacidade de se comunicar com os de fora!Em Marcos 16:17 ao 18 está escrito: “ Estes sinais hão de acompanhar aqueles que crêem: em meu nome, expelirão demônios, falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se alguma coisa mortífera beberem, não lhes fará mal; se impuserem as mãos sobre os enfermos, eles ficaram curados.”Baseado neste texto, os evangélicos se dizem cheios do Espírito, pois falam “línguas estranhas” que é “mistério” como dizem, expulsam demônios, e curam enfermos. Mas, pegar em cobras ou serpentes a gente não vê, beber veneno e não morrer também não vemos, porquê? Por que acredito que a interpretação deles está incompleta!Expelir demônios e curar enfermos acontece quando o nome de Jesus, que é autoridade máxima, é usado.Falar novas línguas... É aí que está faltando um pouco mais de luz no entendimento dos evangélicos e principalmente, do seguimento pentecostal.Faz uns três ou quatro anos, vi o Caio Fábio pregando, e ele trouxe um esclarecimento a respeito deste texto de Marcos. Dizia ele que “as novas línguas que fala o texto, seria falar novas línguas da comunicação com o próximo”. Concordo com ele que completa: “Se vamos anunciar o evangelho aos rockeiros, falamos a língua dos rockeiros. Se é aos funkeiros falemos então a língua deles. Se subimos os morros, usamos uma linguagem, se vamos as classes mais “privilegiadas”, usamos outra linguagem, e assim por diante”Tem crente que fala a línguas dos querubins, serafins, anjos e arcanjos, mas, não consegue falar a língua do seu próximo. Vejo no trem (isto mesmo, o trem elétrico que vai para a Central do Brasil) um monte de crente falando em mistério tipo labassurionderrá, shureanda, shurecanta, shurefala, e o povo do trem boiando sem entender nada e ainda achando que todo crente é maluco.Creio naquela língua como descrita em Coríntios. Entendo que no momento de louvor e adoração sincera, não temos palavras humanas para glorificar a Deus, então, o próprio Deus toca em nosso espírito e então falamos aquela língua que eles chamam de “estranha”. Sim creio nesta língua. Mas esta descrita em marcos, está no contexto de evangelismo ou comunicação do evangelho, onde a cada dia surgem novas línguas com suas gírias de tribos diferentes, como góticos, emos, epicuristas, etc., e cabe a nós movidos pelo Espírito de Deus, que nos capacita a amar, aprender estas línguas para comunicar as boas novas.Pegar em serpentes.Na Bíblia de estudos Pentecostal ensinam que um dos sinais de ser ou estar cheio do Espírito, é ser picado por uma serpente e nada acontecer. Ensinam isso baseado no texto de Atos 28 do verso 3 ao 5, quando um víbora prende na mão de Paulo e nada lhe acontece.Acredito que o caso de Paulo foi um caso à parte, pois quem que se diz cheio do Espírito daria sopa para um bote de uma jararaca?Outra vez, me lembro do Caio quando disse que “pegar serpentes não é literalmente cobras, mas, sim entrar no meio daqueles que João chamava de serpentes, raça de víboras, sem se contaminar pelo veneno dos ensinos deles”, assim como “beber” algo contaminado pelas doutrinas deles, não fará mal.Por isso acredito que já está na hora de mudarmos o nosso linguajar cheio de gírias evangélicas que eram usadas nos tempos de Moisés e Abraão, para falarmos a língua desta geração e comunicar as boas novas, pois o tempo passa.

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Ben-Hur Orgélio
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Postado por Ben

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