Para os que nada entenderam sobre o título deste texto, “encosto” é o termo sincrético religioso que a “empresa universal do reino dos deuses”, ou mais conhecida como “universat”, usa para diagnosticar ou diabinosticar alguém com supostos problemas espirituais da ordem dos “caperotos”. Os encostos por sua vez, têm completa legalidade sobre a vida das pessoas que, impreterivelmente, fazem qualquer tipo de violência contra o próximo e contra si mesmos. Esses seres-espíritos, segundo vociferam os gerentes da fé, ou bispos, são seres autônomos que influenciam as pessoas com toda sorte de malignidades. Afirmam que as mazelas que acompanham a vida de pobres infelizes são “obra” dos encostos e não a conseqüência de fazerem péssimas escolhas que procedem de um coração corrupto. Então, a culpa é dos encostos. E todo aquele que tem encosto, vive sob o estigma da indiferença, na maior parte, dos próprios co-religiosos movidos pela superstição de suas crenças. Qualquer deslize ou atitude inconveniente, já caracteriza a “montada” do encosto em sua vítima. Certa feita, correndo os canais na televisão, parei num desse programas-comerciais da universat. O apresentador dizia que fracasso, falta de sorte, decepções e etc... é trabalho dos encostos. Pensei logo no Crivela que perdeu as eleições no Rio. Se ele fosse mais um na multidão que lota as mega-sucursais-templos, seria um cavalo de encosto oprimido por seu fracasso e pela culpa do seu malogrado projeto. Porém, como é sobrinho do dono da universat, declarou que foi a vontade de Deus. Logo, fica ele isento dos fracassos dos pleitos por ele disputados no decorrer da sua vida política (pelo menos ganhou como senador) atribuindo a isso à vontade de Deus e não aos encostos do azar. É meu amigo, encosto na família dos outros é refresco.
Por Márcio
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